Encerrou-se o breve ciclo de virtude na administração pública federal, que trouxe tantos benefícios às práticas governamentais, políticas, psicossociais, econômicas e científico-tecnológicas, apesar das interferências de toda a ordem sobre o Executivo, desde os primeiros dias, pelo STF hipertrofiado, que se tornou poderoso governo paralelo, impondo-se aos demais Poderes da República e usurpando constantemente suas atribuições exclusivas, sem encontrar qualquer resistência eficaz. A isso se somaram, por todo o quadriênio recém-findo, pressões outras, sabotagens, cerceamento da capacidade de agir e ataques de todos os lados, fontes e origens, pessoas, instituições, partidos políticos, grupos de poderosas empresas, mídia, artistas, intelectuais e educadores “engajados”, saudosos das benesses de que usufruíam no período 1994-2016 principalmente, no campo interno, e centros de poder, organizações e países interessados em saquear nossas portentosas riquezas e de se apossar de partes do nosso território, no campo externo.
A despeito de tudo, nestes últimos curtos quatro anos foram mostrados ao nosso povo os caminhos da libertação do atraso, da dependência, com o despertar do patriotismo, da consciência da imperiosa necessidade das boas práticas éticas e morais em todas as atividades públicas e privadas, do estímulo ao mérito, provindos do estudo e do trabalho, como forma única do justo progredir na vida, da definitiva transformação da Pátria no grande “País do Presente”, fugindo do estereótipo do eterno “país do futuro”. Mais tempo tivessem a administração federal que sai e outras de igual corte que a sucedessem, e o sonho do Brasil majestoso, rico e poderoso, benfazejo e pródigo em abundância e felicidade para toda a população, certamente seria realizado.
Lamentavelmente, no final do exato ano em que se comemora o Segundo Centenário da Independência, encerrou-se a “primavera brasileira”, que tanto havia provocado o despertar da Esperança!
Protestando da forma pacífica, conforme permitido pela ordem democrática vigente sobre o Brasil, contra a forma não isonômica como considerou conduzido o processo eleitoral, sempre favorável ao candidato declarado oficialmente vencedor das eleições presidenciais de outubro de 2022, e perfeitamente consciente do provável recrudescimento das dores, sofrimentos e perseguições que se abaterão sobre a Nação Brasileira, em função da volta ao governo, rumo à concretização da programada e sempre buscada tomada total do poder, de um sistema político que tantos males e retrocessos provocou mundo afora e no nosso passado recente, nosso bravo, heroico, patriótico povo, em grandes multidões congregando famílias, crianças, jovens, adultos e idosos, de ambos os sexos, por todos os recantos do nosso gigantesco território, há sessenta dias, sob sol e chuva, de joelhos orando a Deus, buscou abrigo e proteção junto às pessoas e instituições que mais amava e respeitava e nas quais depositava inteira confiança. E que sempre disseram, e cumpriram a palavra empenhada por toda a História Pátria, até os dias atuais, que estariam ao lado do povo e viriam em seu socorro, sempre que assim ele pedisse... Apenas para, como atestam os fatos correntes, ao fim e ao cabo receber nada mais que o silêncio como resposta, sendo ignorado em suas súplicas, desprezado em sua mobilização espontânea e abandonado em seu fervor patriótico!
Aprendeu na carne, da forma mais cruel e dolorosa, o quanto é vão e perigoso esperar nas pessoas, falhas e volúveis por natureza, sujeitas às tentações da riqueza, da glória e do poder e capazes de mentir, trair, não cumprir os compromissos assumidos... Somente Deus da Misericórdia e do Infinito Amor nunca decepciona e vem sempre em auxílio dos clamores de Seus filhos muito amados! A Ele, pois, e exclusivamente a Ele, entreguemos nossas Esperanças! “A quem tem Deus, nada falta. Só Deus basta, só Deus basta!” (Santa Teresa d’Ávila).
A Majestosa Nau BRASIL terá de enfrentar mares tormentosos e ventos tempestuosos. Há, pois, que estar preparada para a procela, ainda mais quando o Comandante decidiu desembarcar na antevéspera do início da desafiadora travessia, deixando navio e tripulação para trás!
“Alijar os pesos altos! Pear os objetos volantes! Estabelecer a condição máxima de fechamento do material! Aproar ao mar!” São essas as ordens que se fazem ouvir a bordo, transmitidas pela sabedoria e pela experiência dos Velhos Marinheiros. E entregar nossas vidas e nossas almas ao Grande Timoneiro, o Senhor dos Navegantes, que nos conduzirá através da borrasca, rumo ao Porto Seguro, com as bênçãos de Sua e Nossa Mãe Imaculada, a Stella Maris!
Quanto a mim, cristão, brasileiro e militar, embarcado com meu povo, confortam-me a paz e a tranquilidade decorrentes da consciência da fidelidade às Minhas Crenças e Convicções mais Profundas e do Dever Bem Cumprido, por toda a vida e no limite das minhas forças e capacidades, para com Deus, a Pátria, a Família, as Forças Armadas, a Ética, a Moral e os Bons Costumes, a Democracia e a Liberdade!
